A família do senhor J. foi ao núcleo da Abraz, na Penha, em 13/06. Foi a primeira vez que foram à uma reunião, esposa e filhas. Como não tinham com quem "deixá-lo" e porque não sabiam como eram as reuniões e o quanto isso podia mexer com um DA, levaram o senhor J.
A esposa, senhora L., motivada pelos outros depoimentos, começa a contar sobre a vida do casal... É um desabafo difícil em que ela conta sobre os esquecimentos, a "teimosia", enfim as dificuldades da doença. O
Sr. Jonas estava o tempo todo calado ao lado dela, o que me fez pensar que
talvez ele estivesse numa fase tão avançada que não estivesse entendendo que ela estava falando sobre ele.
Pra
surpresa de todos, a uma certa altura ele explode: começa a dizer que está de
saco cheio e quer ir embora.
E então vem uma frase surpreendente, ele diz irritado: "ela fica ai falando de mim, mas todo mundo tem defeitos! (pra ela) Você não tem defeitos? Eu tenho os meus!"
Depois da reunião conversei com ele. Gentil e animado, me contou que veio de Alagoas pra São Paulo. Quase tudo que me disse tinha coerência, exceto datas... Me chamou a atenção o fato dele repetir que "veio há trinta e três anos, trabalhou por trinta e dois anos, nasceu em trinta e dois, tem trinta e sete anos". É uma relação engraçada com o tempo e principalmente com o número "trinta".
Guardo a lembrança de um homem gentil, animado, e com muito ainda pra nos ensinar.
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